Cadeira nº 19, patrono Graciliano Ramos.
Luiz Cruz de Oliveira é mineiro de Cássia onde nasceu em 13 de dezembro de 1941 e vive em Franca, cidade que o acolheu e o adotou, outorgando-lhe o título de cidadão. De família humilde, durante a infância e adolescência, peregrinou pelos estados de Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Fez os estudos iniciais em Franca. Tornou-se funcionário do Banco do Brasil, estudou Letras em Passos, MG, e exerceu o magistério paralelamente à carreira de bancário.
Radicou-se definitivamente em Franca, na década de 1970, onde exerceu intensa atividade política e cultural. Participou da fundação do Partido dos Trabalhadores, cuja primeira sede na cidade foi em sua residência na Rua Estevão Leão Bourroul; foi candidato a diversos cargos pelo Partido e fez parte do secretariado na gestão do Partido na cidade. Fundou o Grupo Veredas de Literatura, coordenou a edição da Revista Veredas, editada mensalmente pelo grupo durante dois anos e deu início à Feira do Escritor Francano, depois assumida pela Prefeitura Municipal. Fundou ainda o Grupo Educacional Veredas, o qual foi também por ele coordenado durante seis anos. É bacharel em Direito, professor de Língua Portuguesa e proprietário do Curso de Português “Luiz Cruz”, em Franca.
Apegado às raízes, vem ambientando sua ficção entre Cássia e Franca, palcos constantes de seu canto. Sua produção literária é extensa e inclui crônicas, contos, romances, teatro, ensaios, livros didáticos e biografia. Destaca-se em sua obra Esboço de História da Literatura Francana, 2005, contribuição ímpar para o estudo de nossas letras.
Irrequieto e idealista, Luiz Cruz é uma referência da Literatura Francana da qual é um entusiasta. E é, sem dúvida, uma espécie de guru de quantos se aventuram pela Literatura na cidade.
Escreveu, no gênero ficção, Vida só, 1977 (crônicas); Poeta Operário, 1979 (monólogo/teatro), Gol, 1979 (monólogo/teatro); Pocilga, 1980 (conto); Sussuarões, 1982 (romance); Sãozé Futebol Clube, 1982 (romance); Deuses mutilados, 1984 (romance); Caminhos da Esperança, 1986 (romance); Viacrucis, 1991 (romance); Histórias em 3×4, 1995 (crônicas); Estrelo, 1995 (romance); Bilhetes, 2001 (crônicas); Vivalei, 2002 (romance); Trilhas, 2003 (contos); Os Anônimos, 2006 (crônicas); Por enquanto canto, 2006 (crônicas); Córrego das Pedras, 2009 (crônicas autobiográficas líricas); Cantos e Desencantos, 2010 (crônicas); Chico Franco, 2013 (crônicas francanas); Notas de Silêncio, 2015 (crônicas); Minha Aldeia, 2017 (crônicas); e Domiciano: Poeta e Carteiro, 2025. Em não-ficção, escreveu Outra janela em Graciliano, 1970 (Teoria Literária); ABC do conto, 1987; O Negro do Protesto, 2003 (biografia); Esboço de História da Literatura Francana, 2005; e A semana – o antes e o depois, 2021. Participou da antologia Memórias da Academia Francana de Letras, 2017; e da coletânea Prosaversando – 25 anos da AFL, 2021. É coautor de inúmeros livros didáticos.